- Apresentação
- Animais de Estimação
- Tipos de Animais de Estimação
- O que são Animais de Estimação
- Domesticação dos Animais
- O pastor de Rebanhos de Ovelha
- Como funciona a domesticação
- Um Animal Interessante
- O Asno
- Bois, carros de boi e carroça
- Caprinos
- Equinos
- Muares e Cervídeos
- Suínos
- Ovinos
- Ave de Capoeira
- História do Gato Doméstico
- Minha familia
- Como vamos cuidar dos animais?
- Onde devemos cria - los?
- Porque devemos castra-los?
- Doenças em Animais Domésticos
- Contatos
Total de visitas: 28075
História do Gato Doméstico
A história do gato-doméstico remonta à Antiguidade, segundo biólogos e historiadores [1] [2]. Esses felinos têm acompanhado os homens a tanto tempo que é possível afirmar que a sua história, em certos pontos, chega a se confundir com a própria história da humanidade [3].
[editar] Evolução
Os gatos-domésticos atuais são uma adaptação evolutiva dos gatos-selvagens africanos, o que faz com que estes possuam diversas características em comum com os grandes felinos selvagens, como o hábito de caminhar silenciosamente usando suas almofadas plantares, as avançadas técnicas caça e as presença de unhas retráteis. [4] No entanto, cruzamentos entre diferentes espécimes os tornaram menores e menos agressivos aos humanos, atendendo assim ao objetivo de se criar um animal de pequeno porte, capaz de caçar roedores e viver nas mesmas habitações que os homens.
O seu mais antigo ancestral conhecido é o Miacis, mamífero que viveu há cerca de 40 milhões de anos, no final do período paleoceno, e possuia o hábito de caminhar sobre os galhos das árvores. A evolução desse animal deu origem ao Dinictis, animal que já possuia a maior parte das características presentes nos felinos atuais.
A sub-família Felinae, que agrupa os gatos-domésticos, surgiu há cerca de 12 milhões de anos, expandindo-se à partir da África até alcançar as terras onde atualmente está o Egito. Inclusive, foram os egípicios o primeiro povo a adotar os gatos como animais de trabalho e estimação.
[editar] Os gatos na história
Quando as populações deixaram de ser nômades, a vida das pessoas passou a depender substancialmente da agricultura. Foi nesse momento que os gatos vieram a fazer parte do cotidiano do ser humano. Por possuir um forte instinto caçador, esses animais exerciam uma importante função na sociedade: acabar com os ratos e camundongos, que invadiam os silos de cereais e outros lugares onde eram armazenados os alimentos.
Registros encontrados no Egito, como gravuras pinturas e estátuas de gatos, indicam que a relação desse animal com o homem tiveram início há cerca de 9.500 anos. Elementos encontradas em escavações indicam que, nessa época, os gatos eram venerados e considerados animais sagrados. [3] [5]. Bastet (Bast ou Fastet), a deusa da fertilidade e da felicidade, considerada benfeitora e protetora do homem, era representada como uma mulher com cabeça de gato e frequentemente figurava acompanhada de vários outros gatos em seu entorno.
Na verdade, o amor dos egípicios por esse animal era tão intenso, que havia leis proibindo que os gatos fossem "exportados". Qualquer viajante que fosse flagrado traficando um gato era punido com a morte. Quem matasse um gato era punido da mesma forma, e, em caso de morte natural do animal, seus donos deveriam usar trajes de luto[6].
Contudo, não tardou para que alguns animais fossem clandestinamente transportados para outros territórios, fazendo com que os gatos acabassem aumentando a sua área de abrangência. Ao chegarem na Pérsia antiga, também passaram a ser venerados. Lá havia a crença de que quando se maltratava um gato preto, corria-se o risco de estar maltratando um espírito amigo, criado especialmente para fazer companhia ao homem durante sua passagem na Terra. Desse modo, ao prejudicar um gato, o homem estaria atingindo a si mesmo.
Devido ao fato de serem exímios caçadores e auxiliarem no controle de pragas, por muitos séculos, os gatos tiveram uma posição privilegiada na Europa cristã. Porém, no início da Idade Média, a situação mudou: gatos foram acusados de estarem associados a maus espíritos e, por isso, muitas vezes foram queimados juntamente com as pessoas acusadas de bruxaria [7]. Até hoje ainda existe a idéia de que toda bruxa possui um gato preto de estimação, sendo esse animal associado aos mais diversos tipos de sortilégios. É muito comum ouvir histórias de sorte e azar associadas aos animais dessa cor.
Com o fim da inquisição, o gato foi novamente aceito nas moradias e nos navios, assumindo novamente a função de caçadores de roedores. Com o passar do tempo os gatos passaram a ser considerados animais finos, ganhando uma boa posição do ponto de vista social. Eram inclusive utilizados como acessórios em eventos sociais pelas damas. Nessa época o gato começou a ser modificado para exposições, começando assim a criação de raças puras, com pedigree. Uma das primeiras raças criadas para essa finalidade foi a Persa, que ficou conhecida após sua introdução no continente europeu, realizada pelo viajante italiano Pietro Della Valle.
A primeira grande exposição de gatos aconteceu em 1871, em Londres. A partir desse momento, o interesse em se expor gatos desenvolvidos dentro de certos padrões propagou-se por toda a Europa.
Atualmente, os gatos são um dos mascotes mais populares em todo o mundo, servindo ao homem como um bom animal de companhia e ainda continuam sendo utilizados por agricultores e navegadores de diversos países, como um meio barato de se controlar a população de determinados roedores. Devido ao fato da sua domesticação ser relativamente recente, quando necessário, eles podem facilmente converter-se à vida selvagem, passando a viver em ambientes silvestres, onde formam pequenas colônias e caçam em conjunto.