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Bois, carros de boi e carroça
O gado bovino é composto por bois - termo que, em sentido amplo, dá nome ao animal mamífero, ruminante, artiodáctilo, com par de chifres não ramificados, ocos e permanentes, do gênero Bos em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem.
Terminologia
O boi, em sentido estrito, é o macho castrado, sem possibilidade reprodutiva da espécie "Bos taurus" (família Bovidae), sendo também usado na denominação vernacular do indivíduo pertencente ao gado bovino.
A vaca é a fêmea desta espécie e o touro é o macho com os testículos intactos, com aptidão reprodutiva. É um mamífero, artiodáctilo e ruminante. Seus cornos que são diferentes de chifres pois são ósseos, não possuem pele igual aos chifres, são em par, ocos, não ramificados e permanentes.
[editar] Subespécies
Possui duas subespécies, a saber: Bos taurus taurus (gado taurino, de origem europeia) e Bos taurus indicus (gado zebuíno, de origem asiática). Os cruzamentos entre os indivíduos de ambas as divisões é frequente tanto em programas de melhoramento genético dos rebanhos, quanto em propriedades onde a monta é natural e sem controle algum. Esses híbridos são muito usados para combinar a produtividade do gado taurino com a rusticidade e adaptabilidade a meios tropicais do gado zebu.
[editar] História
O gado doméstico descende do auroque na Europa e do gauro na Ásia, começou a ser domesticado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, servindo como animal de carga ou fornecendo carne, leite e couro. Era pouco comum criar gado para alimentação. O animal era comido apenas se morresse ou não fosse mais útil para carga ou para fornecer leite. Assim como a cabra, também servia como animal de carga, mas precisava de pastagens maiores. Hoje em dia, no entanto, os bovinos são largamente utilizados para a produção de carne. A cadeia produtiva da carne engloba vários ramos de negócios, que vão desde a fabricação de ração e o ensino de profissionais qualificados (Médicos veterinários, zootecnistas, agrônomos) até empresas de consultoria em sistemas de comércio exterior.
[editar] Principais raças de bovinos criadas no Brasil
As raças foram desenvolvidas com vista na especialização em determinado tipo produtivo. Tem-se as principais:
[editar] Subespécie B. taurus taurus
[editar] Subespécie B. taurus indicus
[editar] Raças "sintéticas" brasileiras
Frutos de cruzamentos entre as demais:
- Naobrasil - cruzamento de Nelore e Zebu
- Simbrasil - cruzamento de Simental e Zebu para corte
- Girolando - cruzamento de Holandês(5/8) e Gir(3/8) com dupla aptidão
- Toledo - cruzamento de Holandês e Simental
- Bravon - cruzamento de Devon e Brahman para corte
- Canchim - cruzamento de Charolais(5/8) e Zebu(3/8)
- Pitangueiras - cruzamento de Red Poll(5/8) e Zebu(3/8)(Gir e Guzerá)
- Purunã - cruzamento de Charolais, Caracu, Red Angus e Canchim, realizado no IAPAR com 1/4 para cada raça.
[editar] Raças crioulas brasileiras
As raças crioulas brasileiras descendem dos rebanhos trazidos para a América pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
- Caracu - origem São Paulo
- Crioulo Lageano[1] - origem Santa Catarina
- Curraleiro [2] - origem Piauí
- Mocho Nacional - origem São Paulo e Goiás
- Pantaneiro - origem Mato Grosso do Sul
[editar] Principais raças de bovinos criadas em Portugal
[editar] Raças autóctones portuguesas
Para além das raças que conseguiram grande expansão quantitativa e geográfica, como as atrás indicadas, existem milhares de raças autóctones, resultantes de pressões selectivas específicas ou de um relativo isolamento genético nas localidades onde se desenvolveram. Muitas dessas raças estão extintas ou em extinção fruto da globalização e da competição com raças mais produtivas. Entre as raças autóctones estão:
- Ramo Grande dos Açores.
- Alentejana, do Alentejo
- Arouquesa, de Aveiro
- Minhota ou Galega
- Maronesa, região da Serra do Marão, Trás-os-Montes
- Barrosão ou Cachena, da região do Barroso e da zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês
- Gravonesa
- Brava
- Mirandesa
- Jarmelista ou Jarmeleira, região da Guarda
- Mertolenga, Mértola
[editar] Usos
Esta espécie foi domesticada pelo homem e é explorada para a produção de leite, carne e pele (couro) e também como meio de transporte e animal de carga. Também os ossos são aproveitados, para a fabricação de farinha, sabão e rações animais. O casco e os chifres têm usos diversos e os pêlos das orelhas são usados para a confecção de pincéis artísticos.
Os machos de determinadas raças podem ser também usados como entretenimento nas touradas e nos rodeios.
[editar] A carne no consumo humano
A carne bovina por ser largamente consumida nas mais diversas partes do mundo, principalmente nos países de origem latina, é vendida em pedaços, bifes, moídas com as variantes de nomes dado a cada tipo de carne extraída de determinadas regiões do boi/vaca.
Assim temos os seguintes cortes:
- Dianteiro
- Acém;
- Pescoço - Há bons pratos com essa parte do animal;
- Cupim - Usada em churrasco ou em pratos que contenham pouca gordura, pois por natureza é a parte mais gordurosa do boi, é o local onde o animal guarda a sua reserva alimentar;
- Paleta;
- Peito;
- Costela
- Costela;
- Fraldinha - Usada em churrasco;
- Ponta de agulha;
- Traseiro
- Miúdos
[editar] Heráldica
Em heráldica, o gado é representado pelo touro.
Armas de Beja. O touro e a serpente estão relacionados com a fundação desta cidade.
A seguir, a maior judiação contra os bois por causa da falta de tecnologia: O Carro de boi é um dos mais primitivos e simples meios de transporte, ainda em uso nos meios rurais, utilizado para o transporte de cargas (produtos agrícolas) e pessoas. Na História Rio Grande do Sul (1839) – travava-se a Guerra dos Farrapos. Tudo acertado para a invasão de Santa Catarina. Os revolucionários – de um lado Davi Canabarro chefiava as tropas de terra. Do outro, Giuseppe Garibaldi daria cobertura por mar, atacando os portos da província. Um problema, porém, precisava ser solucionado: os dois lanchões da frota revolucionária estavam imobilizados na foz do rio Capivari. Como a Lagoa dos Patos estava interceptada pela esquadra da União, restava a Garibaldi a saída por terra mas, sem os lanchões a tomada da província era impraticável. A solução veio pelas mãos do mestre Joaquim de Abreu, “carpinteiro de ofício e revolucionário por convicção”, preparou dois estrados de vigamento reforçado, aparelhou troncos em formato de eixos e o resultado: dois carretões pesando 12 e 18 toneladas, respectivamente. As 50 juntas de bois atreladas a cada carretão, após seis dias de marcha, transportaram os barcos até o rio Tramandaí. A façanha não bastou para vencer a revolução: a causa farroupilha acabou sendo derrotada, mas constitui um capítulo na história do carro de bois.[1] “Boeiro” em Portugal, “carreta” nos pampas gaúchos e “cambona” em algumas regiões do interior do Brasil, o carro de boi já era conhecido dos chineses e hindus. Também os egípcios, babilônios, hebreus e fenícios utilizavam o transporte “via bois”. Mais tarde, os europeus, quando se lançaram à colonização da África e da América, fizeram do boi um item indispensável da carga das caravelaa.[1] Tomé de Sousa – primeiro governador-geral do Brasil – trouxe consigo carpinteiros e carreiros práticos e, em 1549, já se ouvia o “cantador” nas ruas da nascente cidade de Salvador. A presença do carro de bois também é mencionada no “Diálogo das Grandezas do Brasil”, de Ambrósio Fernandes Brandão (segundo Capistrano de Abreu, páginas 38 e 64, 1956): “É necessário que tenha (…), 15 ou 20 juntas de bois com seus carros necessários aparelhados (…)”, e mais adiante, “A vaca, sendo boa, é estimada a (…), e o novilho, que serve já para se poder meter em carro, a seis e a sete mil réis (…)”.[1] Nos primeiros tempos da colonização, além de manter em movimento a indústria açucareira - da roça ao engenho, do engenho às cidades, o carro de bois mobilizava a maior parte do transporte terrestre durante os séculos XVI e XVII. Transportavam materiais de construção para o interior e voltavam para o litoral carregados com pau-brasil e produtos agrícolas produzidos nas lavouras interioranas. No Brasil colonial, além dos fretes, o carro de bois conduzia famílias de um povoado para outro – muitas vezes transformado em “carro-fúnebre” e os carreiros precisavam lubrificar os cocões para evitar a cantoria em hora imprópria.[1] No início do século XVI, o carro de bois era ainda absoluto no transporte de carga e de gente. No Sul, no Centro, no Nordeste, era indispensável nas fazendas. No Rio Grande do Sul as carretas conduziam para a Argentina e para o Uruguai a produção agrícola. Na Guerra do Paraguai, os carretões transportaram munições, víveres e serviram ainda como ambulâncias.[1] Em meados do século XVIII, entretanto, com o aparecimento da tropa de burros, o carro de bois perdeu sua primazia. Mais leves e mais rápidos, os muares não exigiam trilhas prévias e terrenos regulares. No final do século, vieram os cavalos para puxar carros, carroças e carruagens, e o carro de bois foi proibido por lei de transitar no centro das cidades, ficando o seu uso restrito ao meio rural.[1] Os veículos motorizados aceleraram o processo de decadência do carro de bois no Brasil, na Argentina, em Portugal, na Espanha, na Grécia, na Turquia, no Irã, na Indonésia e na Malásia. Contudo, em todos esses lugares, artesãos continuaram a construí-los e a aperfeiçoá-los e, graças a essa gente, o carro de bois persiste na sua marcha pela história.[1] [editar] No BrasilIntroduzido pelos colonizadores portugueses, o carro de boi difundiu-se por todo o país, existindo ainda no meio rural nordestino. O carro de boi foi um dos principais meios de transporte utilizados para transportar a produção das fazendas para as cidades, mas ainda é utilizado em algumas regiões do país. Em alguns municípios, como em algumas regiões do interior brasileiro, ainda há fazendeiros que realizam mutirões de carros de bois para transportar suas produções agrícolas e também outros produtos. O som estridente característico do carro de bois, chamado de canto, lamento ou gemido, também faz parte da nossa cultura. Dotado de uma estrutura que não possui o diferencial, suas rodas travam durante as curvas. Quando em movimento, o autêntico carro de bois emite um som estridente característico - o cantador - que anuncia a sua passagem. [editar] Partes do carro de boiAlgumas das partes do carro de boi (fonte:Dicionário de Caetitenês, de André Koehne; Museu do carro de boi):
[editar] Festivais do carro de boisPor seu valor cultural, o carro de bois é homenageado em diversos festivais e encontros, onde se reúnem os últimos usuários e colecionadores desse meio de transporte rústico e simbólico do meio rural brasileiro. Em Minas Gerais, são conhecidos os festivais de carro de boi de Formiga, Bambuí, Ibertioga, Desterro de Entre Rios, Vazante e São Pedro Da União . [editar] Na arteO carro de bois é um elemento referencial, na intervenção feita no Solar do Unhão, atual sede do Museu de Arte Moderna da Bahia, pela arquiteta Lina Bo Bardi: uma escada de madeira, interna, foi toda feita sem o uso de parafusos ou pregos - tal como nos antigos carros. A música sertaneja, com sua dupla pioneira, Tonico e Tinoco, junto a Anacleto Rosas Jr., compôs a canção "Boi de Carro", onde traçam um paralelo ao boi já velho com o trabalhador que avança na idade.
Carroça é um meio de transporte que antecede ao advento dos veículos a vapor. Movida por tração humana ou animal, a carroça era o meio de transporte mais utilizado para os deslocamentos de carga de um lugar a outro. Hoje em dia, é pouco comum o uso de carroças no trânsito de grandes centros urbanos. As carroças são utilizadas mais freqüentemente no meio rural. Hoje em dia são muito raras sendo até chamadas de "charretes". No meio rural, os principais animais usados como tração são cavalos, burros, bois e jegues. Podem-se encontrar carroças com tração humana nos grandes centros, utilizadas para o transporte de material reciclável, ou para venda. Algumas cidades brasileiras, como Santos, possuem normas para este tipo de transporte. No sul de Moçambique, estas carroças são os "tchova" (que significa empurrar em xiChangana). Também se encontra o modelo de carroças com tração animal na região de Irati no Paraná; este modelo é o modelo eslavo, que é o mais utilizado para garantir a produção dos colonizadores eslavos (poloneses, ucranianos). Hoje em dia, as carroças para transporte de pessoas, vulgarmente chamadas charretes, são utilizadas para a realização de passeios, designadamente em zonas turísticas. Ultimamente, em muitas cidades brasileiras, tem aumentado o número desse veículo para transporte de carga e remoção de entulho (inclusive em São Paulo), principalmente em algumas cidades do interior (veja o caso de São José do Rio Preto); sendo que em algumas tem sido usado até para transporte de pessoas. Em muitas cidades do interior de São Paulo ainda há "pontos de carroça" (aluguel de carroça) para esse tipo de serviço devidamente registrados nas prefeituras locais. Os chamados "carroceiros" estão em cidades como São José do Rio Preto, Araraquara, São Carlos, Piracicaba, Limeira, Jaú, Bauru, Santos entre outras, possuem esse serviço regulamentado, inclusive com os devidos cuidados aos animais usados no serviço.
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